Quem somos

CENTRO CULTURAL ESCRAVA ANASTÁCIA DA NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT” foi o nome escolhido para juntar as devoções populares africanas e católicas, muito presentes na comunidade do Monte Serrat, onde instalou-se o grande articulador,  Padre Vilson Groh.

A fundação do CCEA em 1998 foi resultado do movimento comunitário pela transformação social e pelo cuidado com os jovens, liderado por mães e avós.

Missão

Proporcionar ao ser humano e seus coletivos, através da articulação em rede, acolhimento, informação e oportunidades visando a redução da desigualdade social.

Visão

O CCEA pretende ser uma organização sustentável, trabalhando com diversidade de financiamentos, aproximando a experiência dos projetos com as iniciativas da cadeia tecnológica e ser reconhecida pela importância de seu trabalho com a juventude da Grande Florianópolis.

Valores

Nome e identidade visual

O nome “Centro Cultural Escrava Anastácia” foi uma justa homenagem e referência ao protagonismo e à força das mulheres negras na atenção com os jovens, que culminou com a fundação da instituição. Inicialmente, denominou-se “Centro Cultural Escrava Anastácia da Nossa Senhora do Monte Serrat”.

Primeiro logotipo

Representa a união de todas as forças da comunidade, iluminando as ações na busca por igualdade social.

Segundo logotipo

A mandala criada pelo designer Renato Rizzaro, em 2013, é símbolo de união, de solidariedade e de ação a partir das margens. Os movimentos convergem para uma ação que se dá de dentro para fora e de fora para dentro, como espaço de intercâmbio entre diferentes atores. Seus elementos iconográficos remetem para diferentes culturas, notadamente negra e indígena, e acentuam o caráter multicultural.

Nova marca

Em 2021, a designer Gabriela Fantini disponibilizou-se a atualizar a identidade visual do CCEA. Ela manteve a mandala, símbolo característico, e destacou a sigla, que trouxe a letra “a” de Anastácia em destaque, enfatizando a feminilidade, a integração e a unidade. A criação teve a intenção de trazer humanização, facilidade de aplicação, leveza e diversão, compreendendo que são ideias aderentes ao público atendido no CCEA.

História de uma princesa Bantu

... a provável história da Escrava Anastácia

Escrava Anastácia é uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira, adorada informalmente pela realização de supostos milagres. A própria existência da Escrava Anastácia é colocada em dúvida pelos estudiosos do assunto, já que não existem provas materiais da mesma.

O seu culto foi iniciado em 1968 (Ano Internacional dos Direitos Humanos decretado pelas Nações Unidas), quando numa exposição da Igreja do Rosário do Rio de Janeiro em homenagem aos 90 anos da Abolição, foi exposto um desenho de Étienne Victor Arago representando uma escrava do século XVIII que usava máscara de ferro (método empregado nas minas de ouro para impedir que os escravos engolissem o metal).

No imaginário popular, a Escrava Anastácia foi sentenciada a usar a máscara por um senhor de escravos despeitado com a recusa de Anastácia em manter relações sexuais com ele. A máscara seria retirada apenas para que ela fizesse as refeições, e a escrava terminou por morrer de maus-tratos, em data ignorada.

Nos meios que militam as lideranças negras, femininas ou masculinas, é comentado muito sobre quem foi e como teria sido a vida e a história da Escrava Anastácia, que muitas comunidades religiosas afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica romana, gostariam de propor à Sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canônicos que regem este histórico e delicadíssimo processo.

Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos nesse País.

Entre esta centena de negros capturados na sua terra natal, vinha, também toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão da sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Delmira, Mãe de Anastácia, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por uns mil réis. Indefesa, esta donzela acabou por ser violada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual Anastácia, a sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de maio, no centro-oeste mineiro.

Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” teria vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história se repete. Anastácia, por ser muito bonita, acabou também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido fortemente o quanto pode a tais assédios, depois de ferozmente perseguida e torturada, a violência sexual aconteceu. Apesar de toda a circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos da sua dolorosa, mas heróica existência.

As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”. (Onde o seu espírito, combate a inveja, ciúmes e a injustiça). Anastácia, já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que os seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não teve como evitar a destruição também dos poucos documentos que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referente à “Escrava Anastácia” — “A Santa” (assim, é venerada dentro da Religião Afro-Brasileira), além da imagem que a história ou a lenda deixou em volta do seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.

Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é venerada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua a operar milagres.

(fonte: www.centroanastacia.com)

Diretoria e conselho fiscal

Luciano de Brito
Presidente

Priscila Cristina de Freitas
Primeira Secretária

Guido Ademar Garcia Dellagnelo
Segundo Secretário

Silvana Paggiarin Flores
Primeira Tesoureira

Willian Carlos Narzetti
Segundo Tesoureiro

Odilon Silva
Conselho Fiscal - Titular

Marcelo Fraga
Conselho Fiscal - Titular

Daniel Antenor Aparecido Dionísio
Conselho Fiscal - Titular

Eriberto José Meurer
Conselho Fiscal - Suplente

Denise Cristina Basílio
Conselho Fiscal - Suplente

Coordenações

Camila Hombre - Centro Cultural Escrava Anastácia

Camila Hombre Mulinari

Coordenadora Administrativa financeira
Assistente Social e Especialista em Gestão de Políticas Públicas e Privadas

Tamiris Moreira Espíndola

Coordenadora de Projetos Sociais
Assistente Social

Angelita de Oliveira Costa - Centro Cultural Escrava Anastácia

Angelita de Oliveira Costa

Coordenadora da Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito
Assistente Social

Participação em espaços de controle social

Instalações

Prédio com 1.326,12m²

Auditório, cinco salas de aula, três laboratórios de informática, escritórios, cozinha, refeitório e ambientes de convivência.

Capacidade de atendimento diário de até 200 jovens.

Estrutura de rede para até 150 acessos simultâneos à internet.

A sede do CCEA está localizada no Bairro Balneário, região continental de Florianópolis, instalada num prédio com 1.326,12m², de propriedade do Governo de Santa Catarina, cedido para uso em projetos com a juventude conforme Lei 17364/2017 e Termo de Concessão de Uso 012/2021.

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