Centro Cultural Escrava Anastácia inaugura 1ª biblioteca focada em literatura afro-brasileira e antirracista de Florianópolis

Mais de 1 mil obras do acervo estarão disponíveis para empréstimo para a comunidade de toda a Grande Florianópolis

O Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) inaugura no próximo dia 22 de novembro a primeira biblioteca de Florianópolis com acervo totalmente focado na literatura afro-brasileira e antirracista. O espaço foi batizado em homenagem a João Ferreira de Souza, o Seu Teco, um dos fundadores da instituição e figura fundamental do movimento de luta pelas liberdades individuais e pela educação de jovens na Capital.  

O acervo conta com 1 mil livros de autoras e autores negros, além de obras antirracistas de referência. O espaço de 80 metros quadrados fica no piso térreo da sede do CCEA, que foi totalmente reformado para receber as publicações. O projeto foi financiado pelo Ministério Público do Trabalho. 

As obras estarão disponíveis para empréstimo para a comunidade de toda a Grande Florianópolis. A inauguração da Biblioteca João Ferreira de Souza – Seu Teco marca os 25 anos de fundação do CCEA, comemorados em junho deste ano. E integra também os eventos em torno do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

Entre as autoras e autores que integram o acervo estão Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Milton Santos, Elisa Lucinda, Maria Firmina Reis e Abdias do Nascimento, entre outros. De Santa Catarina, destaque para obras de Jeruse Romão, Fábio Garcia, Maurício Pestana e Edenice Fraga.

CCEA: acolhimento, educação e justiça social e racial

O Centro Cultural Escrava Anastácia tem suas raízes no Monte Serrat, no Maciço do Morro da Cruz, Centro de Florianópolis. Nasceu do movimento comunitário com o propósito de enfrentamento pacífico da criminalidade, em meados dos anos 1990. Desenvolve um trabalho voltado para a educação, fortalecimento de vínculos, inserção social e laboral, assistência social, cultural e esportiva e acolhimento institucional, principalmente de jovens de bairros empobrecidos da Grande Florianópolis. Integra a Rede IVG (Instituto Padre Vilson Groh).

Além de projetos como o Rito de Passagem, Procurando Caminho e Jovem Aprendiz, desenvolvidos no contraturno escolar na sede da instituição (bairro Balneário, região continental da Capital), mantém a Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito para crianças e adolescentes.  Localizada no Monte Serrat, no mesmo local de origem do CCEA há mais de 20 anos, a Casa oferece acolhimento institucional para 20 crianças e adolescentes, conforme princípios, diretrizes e orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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